05 dezembro 2007


INFINITO SEM HORA

Minha felicidade é sem idade
singular
sigo lá no fundo dos seus olhinhos
o meu olhar
consigo vê-la sorrindo
e só isso basta pra viver
vão-se os segundos
vão-se os receios.

o meu sonho nada nesses olhinhos de mar
repousa leve nos seus seios...
em mim nada mais existe,
em mim nada mais é triste.

Nesse infinito sem hora
quero que tudo passe e me leve
Eu me perco na sua boca que me olha
eu me perco nos seus olhos que me beijam

coisa louca que me cura
é essa loucura de amar e não ter medo.


Geovane Belo, 5 de dezembro.

Um comentário:

Unknown disse...

pow!!! muito bom esse!!!!

Quem sou eu

Sou o que ninguém sabe e o que todo mundo conhece ou cobiça saber. Não me compreendem porque não me entendem. Não me entendem porque não me compreendem. É fácil. Se há certeza, é a duvida de tudo. Se há dúvida, é a certeza apavorante de não saber nada disso, nem daquilo, nem de coisa alguma. Não sou paradoxo, nada de versos sobre minha exatidão, sou imprecisão exata, abstração concreta, sou eu, só eu tão mim-mesmo. Se me queriam outro, por que procuram-me? Procurem outro, ou escavem esse outro em mim, tenho milhares de mins num eu. Ora, sou matéria palpável e dita de um absurdo impalpável e indizível. Só me entende quem não me quer entender. Não sou resposta, já disse, nem tenho respostas, sou a pergunta aberta e fria que nunca cansa de ser dúvida, que não cessa da convicção de não saber quem sou.
"A vida inteira estive em tudo como um deus, eu era todas as coisas de uma só vez, era a prece e a sentença, a entrega e a perdição, as juras e todo o pecado. A vida inteira cabia em mim porque eu era a vida inteira dentro de mim, até perceber que eu faltava a mim... perdi tudo sem nunca ter tido coisa nenhuma".